domingo, 6 de novembro de 2011

Vocês sabem como surgiu a psicologia cognitivista?

O termo “cognitivista” se refere a psicólogos que investigam os denominados “processos centrais” do indivíduo, dificilmente observáveis, tais como: organização do conhecimento, processamentos de informações, estilo de pensamento ou estilos cognitivos, e comportamentos relativos à tomada de decisões etc. (MIZUKAMI, 1986, p. 59).
A psicologia cognitiva emergiu da necessidade da comunidade científica em ultrapassar as insuficiências do behaviorismo para explicar fenômenos complexos como a linguagem, a criatividade ou a resolução mental de problemas, esta pôs de lado a relutância em estudar fenômenos não observáveis e passou a centrar-se no estudo do funcionamento cognitivo.
       A diferença reside no modo como encaram os mediadores cognitivos. Se para os behavioristas este papel é nulo, sendo o ser humano visto como essencialmente passivo e reativo ao meio, os cognitivistas , preocupados com o sistema cognitivo e com a forma como este trata, organiza e compreende a informação. Atribuíram ao ser humano um papel ativo, este possui capacidades cognitivas que permitem selecionar e procurar alternativas de ação.
Segundo os cognitivistas a estruturação cognitiva é o principal fator que influencia os processos cognitivos de aprendizagem, compreensão e retenção de informação e, por fim, a própria ação.
A perspectiva cognitivista reúne um conjunto grande de teorias e autores. Entre os mais significativos contam-se: o gestaltismo ou a teoria da forma (Wertheiner, Kohler e Koffka são alguns dos pioneiros; Kurt Lewin é famoso pelos seus estudos sobre liderança, é um dos discípulos das teorias do processamento da informação). Robert Gagné ou David Ausbel são dois nomes relevantes para o domínio da psicologia educacional; quanto às teorias estruturalistas Bruner é destaque e, por fim, as teorias de Piaget, cujas raízes estruturalistas e organicistas o incluem neste grupo muito embora o autor estivesse mais preocupado com o desenvolvimento do que com o processo de aprendizagem. (GONÇALVES, 1993, p.19)

Quer saber mais? Veja então alguns autores, suas respectivas teorias e  estratégias de aplicação em sala de aula em nossas próximas postagens.



Referências Bibliográficas:
MIZUKAMI, Maria da Graça N. Ensino: As abordagens do processo. São Paulo, EPU, p.75-77, 1986.
GONÇALVES, Suzana. Coletânea de textos teorias da aprendizagem, práticas de ensino: contributos para formação de professores. Coimbra, 1993.

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